“Mas a amizade não se busca, não se sonha, não se deseja: ela exerce-se”. Perante esta temática, os Valedamulenses residentes na área de Lisboa, exercitaram a vontade de descrever em actos louváveis e de grande simbolismo, colocando em pratica o quanto os caracteriza, o quanto os move, o quanto os define. Resultante de vontades e ambições, nasceu o 1º encontro dos Valedamulenses espalhados pela área de Lisboa e restante locais adjacentes. Foi com enorme expectativa e emoção que teve início este belíssimo evento de partilha e de confraternização. Iniciativa bela que engrandece Vale da Mula e suas gentes, actos heróicos, dinamizadores de uma cultura muito própria, fruto também de uma cultura de união, fidelidade e lealdade, é o quanto nos unem. Perante a saudade da nossa terra, desencadearam-se mecanismos por forma, a minimizar efeitos colaterais de tais sentimentos. Um jantar bem animado permitiu estabelecer contacto entre o conhecido e o desconhecido, entre a amizade sólida e a amizade iniciada, entre a gargalhada e a seriadade e entre outros tantos motivos, todos contribuíram para tornar aquele momento único e inesquecível. Permitindo estabelecer e dar continuidade a um sentimento grandioso e por vezes vulnerável, que é a amizade. A Amizade é uma virtude que devemos cultivar em todos os aspectos da vida. Se o fizermos saberemos decidir melhor por nós e pelos outros, com respeito, sensibilidade, verdade e afecto! Ter esta realidade bem presente ajuda-nos a compreender a Amizade e o ganho que temos – nós e os outros – em respeitarmos as diferenças que nos unem na comunhão dos afectos. Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você a abra. Esta é a Amizade…Para Sempre.
Um sentimento intrinseco abunda já o meu ser,pois,anseio pelo 2º encontro...
Bem Haja,Valedamulenses!
“Vale da Mula espera por ti…”
Dedico a todos os Valedamulenses este pequeno texto que tanto nos ensina…
“Era uma vez um menino que gostava muito de ler e tinha um pisco. Sempre que lia, o pisco acompanhava-o, tão bem que virava a página do livro com o bico exactamente quando o menino chegava ao fim. O pisco voltava muitas páginas sempre com o seu ágil bico.
Viviam felizes. O menino adorava o pisco. Mas um dia o pisco, passadas horas de leitura intensa, disse-lhe:
- Estou muito cansado; podemos parar um bocadinho?
O menino estranhou. Perguntou ao pisco:
- Não compreendo; se gostas tanto como eu de ler e fazemos companhia um ao outro, porque é que estás cansado e eu não estou?
E o pisco respondeu-lhe:
- É que não somos exactamente iguais; além disso, hoje cantei muito e tive muitas coisas para fazer; os olhos fecham-se-me e tenho o bico dorido que já quase não me obedece.
O menino pensou. Tinha pena de não continuar a ler. E gostava tanto do pisco. Nunca poria em causa a sua honestidade e amizade. A culpa não era de ninguém: afinal as coisas eram assim mesmo.
E parou mesmo de ler. Ler sem o pisco, sempre a virar as páginas com o seu bico, não tinha tanto sentido.
Os dois continuaram nas suas longas leituras sempre felizes. Mas, daí em diante, o menino passou a conhecer melhor o pisco e a si próprio. Havia diferenças! Havia Amizade!”
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